COP 30: é hora de mudar a consciência de material para espiritual

A cidade de Belém vai sediar a 30ª Conferência das Partes (COP), que ocorrerá em novembro. É o maior evento global da Organização das Nações Unidas (ONU) em que acontecem discussões e negociações sobre mudança climática. São debatidos temas como redução de emissões de gases de efeito estufa, a adaptação às mudanças do clima e o financiamento para países em desenvolvimento. Além de líderes mundiais, estão presentes cientistas, representantes de governos, de organizações não governamentais e internacionais, da sociedade civil e do setor privado. Nesta edição, está prevista uma maior participação de grupos de mulheres, comunidades indígenas e populações ribeirinhas da Amazônia e de periferias.

A COP30 é uma oportunidade para o Brasil retomar seu papel de protagonista nas negociações sobre mudança climática e sustentabilidade global. O evento permitirá ao país demonstrar esforços em áreas como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, além de reforçar sua atuação histórica em processos multilaterais, como na Eco-92 e na Rio+20, informa o governo brasileiro.

A Brahma Kumaris (BK), movimento espiritual global, presente em mais de 120 países, e que está no Brasil desde 1979, tem participado de várias edições da COP, e, desde 2009, de outras conferências da ONU. A organização não governamental internacional trabalha na mudança de estilo de vida apoiada pela meditação, baseada na ética, na vida simples, no vegetarianismo e na promoção do uso de energia renovável. Durante o evento, a BK realiza exposições e eventos paralelos em colaboração com outras organizações, incluindo movimentos inter-religiosos e juvenis, além de programas e entrevistas, sessões de meditação, entre outros.

De acordo com a BK, as raízes das mudanças climáticas podem ser atribuídas à nossa desconexão com a natureza, uns com os outros e com nosso ‘eu’ mais profundo. Abordar essa questão exige mais do que tecnologia, políticas e recursos financeiros; requer amor e coragem, uma mudança na visão de mundo e na atitude. A BK quer trazer não apenas preocupação, mas esperança: esperança no espírito humano, em valores e ética compartilhados e no poder das comunidades de regenerar ecossistemas.

"Vamos agir — não por medo, mas por amor. Não por obrigação, mas por compromisso sagrado. Não como indivíduos isolados, mas como uma família planetária", convida a diretora Administrativa Adicional da BK, Sister Jayanti.


(Brahma Kumaris Brasil, com contribuição de Giane Gatti)