Unicamp recebe oficina de desenho animado sobre plantas medicinais
Nos dias 11, 18 e 25 de outubro, sempre das 9h às 12h, a Casa dos Saberes Ancestrais, na Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, abriga a oficina cultural “Desenho Animado: Transformando História em Movimento”, que convida o público a mergulhar no universo das plantas medicinais, criando um curta-metragem em animação, de autoria coletiva, sobre o universo das plantas medicinais, unindo ciência e saberes tradicionais.
A oficina é aberta ao público em geral, incluindo crianças e seus responsáveis, e não é preciso ter nenhuma experiência prévia. A inscrição é gratuita, e foram abertas vagas extras para início a partir do dia 11 de outubro. Para realizar inscrição, basta acessar formulário online neste link.
A ideia nasceu por iniciativa do aluno de Artes Visuais Hermes Soares Miranda, que elaborou um dos projetos selecionados pelo Edital para Ocupação Indígena na Casa dos Saberes Ancestrais da Unicamp, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura da Universidade Estadual de Campinas (ProEEC/Unicamp).
Hermes Soares Miranda, de nome indígena Kumuã, é do povo Piratapuya, e vive na Aldeia Phosaía Pitó, no médio rio Papurí, região de fronteira entre Brasil e Colômbia. “Este projeto nasceu de meu desejo de valorizar dois elementos muito importantes da nossa cultura: a língua e o grafismo tradicional Piratapuya, adicionando a importância dos cuidados e prevenção com a saúde”, explica.
A oficina conta com apoio do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas e pretende despertar tanto a criatividade quanto a reflexão nascida do diálogo entre ciência e os conhecimentos tradicionais sobre plantas medicinais. Além da participação do Núcleo, que foi fundado por Wilson Lazaretti, também professor do Instituto de Artes da Unicamp, a equipe de trabalho envolve profissionais da área da Enfermagem, como a Profa. Dra Thalyta Cristina Mansano Schlosser e a aluna Jussimara Cordeiro, também da etnia Piratapuya.
Sede da oficina, a Casa dos Saberes Ancestrais é um projeto que dá continuidade ao esforço da Unicamp de integrar na universidade as sabedorias ancestrais, preservadas e transmitidas em diversas práticas culturais que compõem a sociedade brasileira, como as dos povos indígenas, quilombolas, caiçaras e curandeiras. Desdobrado do Projeto Oca, realizado pela DCult em 2017, e resultado de inúmeras ações envolvendo pessoas de dentro e fora da universidade ligadas à cultura afro-diaspórica, a iniciativa se baseia em múltiplas plataformas e em gestões experimentais.do Oeste do Pará (Ufopa), e Ricardo Marcondes Marcacini, do ICMC. Durante o encontro serão oferecidos materiais de apoio, exercícios e tutorial em formato de relatório técnico.
