Empresas que investem em saúde têm menos absenteísmo e turnover

Ano após ano, indicadores de faltas, demissões e afastamentos médicos representam um custo alto para as empresas. Uma das estratégias para reverter esse quadro, engajar os profissionais e reduzir esses gastos é o investimento em benefícios com foco na saúde e bem-estar dos profissionais.

Estudo divulgado pela consultoria Gallup revelou que o custo de um funcionário desengajado é de 34% de seu salário. Já um levantamento publicado na plataforma PubMed, referência em conteúdos científicos, revelou que, para cada US$ 3,27 investido em programas de bem-estar corporativo, há uma redução de US$ 2,73 nos custos com absenteísmo.

A relação de custo e benefício nessa estratégia se justifica, pois as empresas reduzem faltas causadas por problemas de saúde mental e física, conforme indica a GoGood, HRTech referência em benefícios corporativos. Ainda de acordo com o levantamento, apenas entre os anos de 2022 e 2024, as empresas que investiram em programas e benefícios de bem-estar corporativo junto à startup economizaram aproximadamente R$ 14 milhões no Brasil, de acordo com levantamento da HRTech.

Pesquisa de clima realizada na farmacêutica Pharlab apurou que os profissionais da empresa, que possuem acesso às academias e outros benefícios de saúde mental através da plataforma GoGood, apresentaram índices de engajamento 28% acima do que a média das empresas do mesmo porte. Além da economia gerada, é possível notar uma evolução da produtividade, engajamento nos times e atração de talentos. O executivo reforça que a geração de valor dos benefícios de bem-estar impacta diretamente a produtividade. Pesquisa divulgada pela Universidade de Bristol mostrou que pessoas que fazem atividade física regularmente realizam tarefas em 25% menos tempo comparado a pessoas que não se exercitam, possuem 21% mais capacidade de concentração e 41% mais motivação. “Concentração e agilidade são fatores que impactam diretamente a performance dos colaboradores”, enfatiza.

A diversidade de benefícios corporativos disponibilizados pelo mercado aumentou a gama de possibilidades para os colaboradores e trouxe um novo desafio para os times de gestão de pessoas: manter a eficiência de resultados e engajamento dos colaboradores em até 10 diferentes soluções. Diante desse cenário, a centralização desses benefícios se apresenta como uma alternativa para trazer o RH novamente para sua função-fim, que é cuidar de pessoas e dos resultados da empresa.

A demanda por personalização também é um ponto de atenção para as empresas. Bruno, da GoGood, argumenta que as novas gerações demandam soluções que resolvam seus problemas individualmente. “Uma pessoa que busque por um psiquiatra não ficará feliz com a oferta de um plano odontológico, por exemplo. Ter essa capacidade de oferecer uma multiplicidade de opções, focadas na necessidade dos colaboradores, é um fator que ajuda na atração e retenção de talentos”, ressalta.