Indaiatuba conquista prêmio nacional de controle do câncer

A Secretaria de Saúde de Indaiatuba conquistou o 1º lugar nacional no Prêmio “Marcos Moraes” de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer 2025, promovido pela Fundação do Câncer, em parceria com o Instituto Oncoclínicas. O município foi a vencedor na categoria Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer com o projeto “Da Iniciativa Municipal à Política Nacional – O Sucesso do Programa de Rastreamento com Teste DNA-HPV em Indaiatuba no Controle do Câncer de Colo de Útero”. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 22 de outubro de 2025, na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, e reuniu pesquisadores e gestores de todo o país.

O estudo, desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com o apoio técnico e científico da Roche, teve como um dos principais coordenadores o médico ginecologista e coordenador Programa de Planejamento Familiar da Rede Municipal de Saúde, Túlio José Tomass Couto, além dos pesquisadores Júlio Cesar Teixeira, Diama Bhadra Vale e Joana Froes Bragança, professores associados ao Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp; Michelle Garcia Discacciati, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP; Críbis Silva Campos, médica doutora em Ginecologia pela Unicamp; Luiz Carlos Zeferino, professor titular do departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp; Graziela Drigo Bossolan Garcia, chefe de Gabinete Institucional de Indaiatuba; e Heloísa Carla Salatino, secretária de Saúde de Indaiatuba.

A iniciativa iniciou em 2017 e marcou uma verdadeira transformação na forma de prevenir o câncer do colo do útero. Indaiatuba foi o primeiro município do Brasil a substituir o tradicional exame de Papanicolau pelo teste de DNA-HPV, tecnologia que identifica precocemente a presença do vírus causador da doença. O novo método aumentou significativamente a taxa de detecção de lesões precursoras e reduziu em até 10 anos a idade média dos casos de câncer diagnosticados, permitindo o tratamento antes do surgimento dos sintomas.

Com resultados expressivos, o projeto comprovou que o rastreamento por DNA-HPV é mais eficiente, econômico e acessível do que o modelo tradicional, e serviu de base científica para a criação das novas diretrizes nacionais do Ministério da Saúde, que devem ampliar o uso do teste em todo o Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2025.