João Scalfi
indaia.caixas@terra.com.br

Terapia do amor em relação às drogas

Se você surpreendeu um filho usando qualquer tipo de droga, tenha muito cuidado com a maneira de agir.

Passado o choque inicial, procure conversar calmamente, em tom de amizade e carinho, buscando saber as causas que o levaram a essa fuga infeliz.

Uma atitude de bondade vale mais do que todos os argumentos produzidos pela cólera ou pela agressividade. 

É provável que ele esteja na faze inicial, necessitando de ajuda mediante a compreensão do problema. 

Não o faça sentir-se pior emocionalmente, porquanto essa postura levá-lo-á a situação mais grave. 

Faça-o perceber que a família está aberta ao diálogo, e que ele sempre contará com seu apoio.

Dê-lhe uma assistência de vigilância, sem tornar-se um guarda severo ou algoz contínuo em referência ao seu comportamento.

Todo aquele que se permitir ao uso de qualquer tipo de vício, encontra-se em conflito pessoal, desconfiado e descontente com a existência.

É indispensável fazê-lo valorizar a oportunidade existencial, lentamente, com cuidado e otimismo. 

Evite a postura de mártir ou de infeliz, que o empurrará para a culpa devastadora.

Aquele que se encontra no caminho perigoso, necessita mais de alguém que o auxilie na libertação, do que punição contínua.

Sempre, que possível, converse sobre temas edificantes, cuidando de não se tornar cansativo em relação ao problema.

Se o seu lar é equilibrado, e, apesar disso, ele optou pela busca de qualquer droga da moda ou não, proponha-lhe a ajuda especializada de um psicoterapeuta, melhor treinado para situações dessa natureza.

Se, porém, o seu é um lar atribulado, repleto de conflitos e de instabilidade emocional, busque equilibrar-se e melhorar a situação doméstica, que o empurrou para fora do seio familiar, a fim de trazê-lo de volta. 

Não transfira a responsabilidade do erro dele para outrem, o que não resolve a questão, somente gerando mais descontentamento e mal-estar.

Impeça que ele seja visto pelos demais membros da família como um viciado.

Todas as pessoas se equivocam, e tem o direito à recuperação.

Ele não é o primeiro e não será o ultimo a atravessar esse portal do infortúnio em busca da fantasia, da ilusão, da felicidade mentirosa…

É necessário favorecê-lo com diferente visão da vida, com as bênçãos da responsabilidade para o enfrentamento que tem pela frente, encorajando-o para superar os medos que o estão afligindo, mesmo sem o perceber.

Nunca assuma atitude puritana, dando a impressão de superioridade, nem relate as suas experiências triunfantes, de forma que o humilhe.

Ame seu filho em qualquer circunstância, demonstrando-lhe que nada no mundo o afastará da sua ternura, do seu devotamento e da sua responsabilidade afetuosa. 

Ele necessita de segurança emocional. Torne-se esse porto de amparo.

Aplique sempre a terapêutica do amor e não tenha pressa. 

O resultado virá no momento oportuno.


Fonte: Diretrizes para uma vida feliz (Divaldo/Marco Prisco)

JORNALZEN® 2020 | TODOS OS DIREITOS RESERVADOS