Sabrina Amaral
sabrina@epopeia.com.br

Hipnose e terapia de vidas passadas

Não é incomum as pessoas me questionarem se trabalho com terapia de vidas passadas, pois acreditam que seu problema “x” tenha origem
espiritual ou algo do tipo. A terapia regressiva é uma das principais ferramentas da hipnose e foi o doutor em psicologia Morris Netherton, o
pioneiro no assunto.

Na prática, proporcionamos um estado ampliado de consciência ao paciente, para acessar seu reservatório mnemônico e provocar o que Freud
definiria como catarse. Ou seja, ao acessar o passado ele se liberta de traumas trazendo alívio aos sintomas para o aqui e agora. Estudos mostram
que a técnica trata tanto questões emocionais quanto físicas, e já existem pesquisas que evidenciam os resultados.

Mas a pergunta que não quer calar: é possível regredir a vidas passadas?

Brian Weiss, autor do best-seller Muitas vidas, muitos mestres relata inúmeros casos clínicos de regressão espontânea a vidas passadas que
trouxeram cura aos pacientes.

Não vou entrar aqui no viés de crenças desta terapia; gostaria de trazer três linhas de pensamento que se propõem a sustentá-la: a primeira defende a
existência de memória genética, a qual é acessada durante o processo; a segunda se baseia nos arquétipos do inconsciente coletivo e a terceira diz
que são representações simbólicas das metáforas do inconsciente.

Se ela existe ou não, não me cabe julgar. Se alguém crê que a causa de sua claustrofobia foi o fato de ter sido trancado num porão em 457 a.C., e puder
se curar com a regressão à vida passada, então vou defender a prática até o fim. Afinal, como diria Jung, “domine todas as técnicas, mas ao tocar uma
alma humana, seja apenas outra alma humana”. Isso para mim é o suficiente.

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